Videozinho

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Protocolo (aula 9)

Incrível!
No nono encontro dessa nossa encantadora oficina comandada por Pula Carrara e muito bem absorvida por nós, pessoas comuns, sufocadas pelo cotidiano, mas com imensa sede de arte, nos encontramos, nada a mais nada a menos do que em uma caixa cênica: O teatro Cacilda Becker. Iniciamos com o indispensável alongamento trilhado musicalmente por algo clássico que não consegui identificar, mas que inspirou com classe o instinto artístico. Logo após, nos dividimos em dupla, enquanto um integrante deitado ao chão e com seus olhos fechados reconhecia seu corpo inteiro e se deixava mergulhar no íntimo de si através da viagem do ar e do som o outro o auxiliava massageando-o, ajudando a centrar-se em determinados pontos do corpo até que o som já tivesse explorado todas as entranhas e veredas de seu emanador. Como sempre recíproco, inverteu-se as tarefas e o massageador foi massageado. Foi completo! Ao término da proposta estávamos totalmente concentrados, relaxados, dominadores de nossa existência e ao mesmo tempo,enquanto reinava um silêncio acalento, estavamos violentamente interligados; Nunca foi tão forte, nunca fomos tão "um só".
Encontramos o olhar de nossa dupla e dançamos conforme a dança do mesmo; Seguíamos, sem perder a ligação do olhar, ou mais ainda, uma ligação que não conseguiria descrever e ao decorrer da dança passamos a nos comunicar não só corporeamente, mas também com sons. Um idioma jamais falado e jamais entendido, um só falava e o outro ouvia. Expressávamos com o som o movimento dos corpos. Foi muito intenso! Aos poucos algumas duplas, a pedido de Paula, foram parando e outras continuaram. Aprendemos que às vezes o pouco pode ser muito se naquele momento se fizer necessário.
A última proposta foi uma reapresentação dos grupos e suas criações iniciadas no dia anterior. Não tenho muito a discertar à respeito, pois seriam opiniões pessoais e essas guadro para meu diário de bordo, apenas coloco que foram apresentações muito criativas, bem amadoras, mas bastante intensas. Somente o que expresso de opinião própria é que os dois últimos grupos souberam dispor com demasiada organização e inteligibilidade suas composições. Discutimos as apresentações e chegamos a conclusões muito úteis a nossas próximas experiências. E foi isso... Tudo isso!
Desculpem-me o atraso, não tenho internet e só vim a ter condições de visitar uma lan house hoje. Aproveitando a ocasião, queria agradecer a assiduidade de todos, o companheirismo e principalmente à Paula Carrara que nesse nove dias nos ensinou coisas grandiosas e que tenho certeza, farão diferença em nossa vida a partir desse momento.

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