Videozinho

sábado, 14 de julho de 2007

PROTOCOLO 6, de 12/07/07

...Antes tarde do que nunca!

Depois do alongamento trabalhamos em duplas uma massagem para estudar a passagem do ar e os sons produzidos por ela, quem era massageado deixava o ar vir a tona, e naturalmente vinha o som, ou não! Quem massageava procurava perceber onde vibrava o corpo do outro. Neste exercício o estímulo do parceiro desencadeava o som, ou não! Esta pesquisa, para além da produção em si, me trouxe a possibilidade da consciência de como eu produzo o som, ou onde ele é produzido.

Na sequência "brincamos" de blablação, porém em duplas que se conectavam primeiro costas com costas, depois testa com testa e por fim palma das mãos. Neste jogo acolhemos, recebemos o outro em nós, assim como nos entregamos, a blablação serve como o olhar, não é intelígivel, mas é perceptível quase que intuitivamente, como estímulo, como impulso, como interação. Os corpos, quando entregues, criam no espaço desenhos, e quando se fundem e fluem: falam. Éramos "dinossauros fazendo ioga", como a Amanda colocou (ela participou como observadora), outros comentários: "usamos movimentos da infância", olha que coisa legal! Dinossauros e crianças, não podemos pensar como sendo origens, assim, nosso trabalho não seria o resgate de nós mesmos, antes e no começo de nós?

Cantamos, quatro coros, três canções, atenção ao regente, e assim brincamos, buscando, estudando.

Figurino, adereços e cena... Compomos, uns nos outros, personagens por meio do que tínhamos disponível de figurino, depois fomos para a cena com as frases da aula anterior, porém agora fragmentadas, costuradas,... e tínhamos então o o quê, o onde e agora um quem a ser experimentado a partir da construção primeira, externa, estética. Jogamos melhor nestas cenas, apresentamos, inclusive, cenas curtas e limpas, porque o recado estava dado.

A pergunta do dia: Quais propostas fariam a voz se modificar?

Na conversa no fim da noite duas observações da Paula: "estar comigo mesmo requer tempo"., "a gente não quer falar no teatro, a gente quer falar."

Queridos, eis tudo, foi um prazer rezar com vocês!

Kelly Guimarães

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